domingo, 7 de março de 2010

Como tudo começou

Uma vez, Vinícius, meu poetinha amado, disse que “a vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida”. Talvez essa seja a melhor frase para descrever como aconteceu nosso encontro, o definitivo.
Era 2005, meu último ano de faculdade, aquele em que eu havia decidido aproveitar ao máximo, até a última gota. Um belo dia, ou melhor, uma bela noite, na Filô, meu calourinho querido, Esfiha, antes de começar a aula, me chamou pra tocar ganzá (ou chocalho, para quem não conhece) na bateria da faculdade, pois não havia ninguém para tocar samba. Eu tinha tocado uma vez numa apresentação na Semana da Educação e o Esfiha tinha ouvido. Ele me fez o convite várias vezes até que um dia eu decidi conferir do que se tratava a tal da bateria. Chegando lá, o Esfiha me apresentou direto pro regente da bateria, que me deu um ganzá na mão. As primeiras palavras que eu ouvi, daquele menino bravo e agitado foram:
- Você sabe tocar samba?
- Acho que sei – foi o que respondi gaguejando, duvidando da minha própria capacidade de tocar um samba depois daquela pergunta intimidadora.
- Então toca pra eu ver - com cara de bravo, mal olhando pra mim, tentando se concentrar no som que saía do ganzá, em meio ao burburinho das outras pessoas conversando e mexendo nos instrumentos.
- CHIquechiQUECHIquechiQUECHIqueCHIquechiQUE...
- Ah, finalmente alguém que sabe tocar samba – falou, saindo logo pra tentar juntar todo mundo e fazer funcionar a batucada do jeito que ele imaginava.
Lembro de olhar pra cara da Ju, companheira inseparável desde o primeiro dia de aula da faculdade, e respirar aliviada. Esse foi o primeiro de vários ensaios, reuniões, baladas e apresentações com a nossa querida e inesquecível Filormônica.
Aí vocês podem se perguntar: mas e os desencontros mencionados no começo?
Pois é, o que poucos sabem da nossa história é que durante a infância, morávamos na mesma rua (apenas um quarteirão separava nossas casas). Brincávamos na rua e é bem possível que tenhamos nos esbarrado pelo centro de Ribeirão.
Fizemos natação quando criança. Minha tia é dona de uma academia, então não tinha como fazer em outro lugar a não ser na Nado (a Nado Livre, quem estiver precisando fazer natação, hidro ou outras aulas super legais como hidrobike, pode ir lá conhecer – tia Cris, depois você acerta o jabá! =)). E não é que ele também nadava lá? Nos festivais promovidos pela academia, talvez tenhamos nos esbarrado pelo corredor, também.
Nossos RGs foram emitidos com apenas um dia de diferença. Quase que a gente se esbarra de novo no centro da cidade, mesmo não morando mais na mesma rua (os dois já haviam mudado).
Em 2003, meu primeiro ano como veterana, fui participar do trote dos meus calouros. Como tradição, ficávamos na rampa do Centro Didático da Filô para pintar e zoar quem acabava de entrar na faculdade. O Serginho, calouro da Pedago, não queria que cortassem seu cabelo, pois como ator, participaria da uma peça e o cabelo era necessário para a personagem. Muito tempo depois, conversávamos sobre esse dia específico e descobrimos que estávamos os dois, no mesmo local, na mesma hora.
Na faculdade, os (des)encontros devem ter sido vários, afinal de contas freqüentávamos os mesmos lugares, inclusive “as noites mais lindas” da Filô.
Pois então. Foi em abril de 2005 (se não me falha a memória) que nosso derradeiro encontro, o definitivo, aquele que seria para a vida toda, aconteceu.
Mas calma, não foi assim, cena de novela. Não nos apaixonamos no exato momento em que nos conhecemos. Na verdade, minha primeira impressão foi: “nossa, que menino bravo!”. Mas depois eu percebi que por trás daquela braveza toda, estava um moço sério, perfeccionista, mas também gentil, agradável, companheiro e muito inteligente! Vou parar por aqui, é muita propaganda! Já tá amarrado, não tem mais jeito, esse é meu!
Aos poucos fomos ficando mais próximos, amigos. No começo, não houve um interesse a mais. Eu andava desiludida, decidida a não me apaixonar mais, né, Bocó? Nada de homens! Pois é, mas... A carne é fraca, né?  A gente não escolhe hora pra se apaixonar. E eu me apaixonei... Que droga, sempre eu primeiro! E é claro que ele não estava interessado. Mas, fomos ficando cada vez mais próximos, até que um dia, depois de muitas (in)diretas e de uma nada indireta de uma amiga (valeu, Xai!), ele resolveu tomar uma atitude, porque eu, muito orgulhosa, apesar de dar todos os sinais possíveis de que estava interessada, não tomaria a iniciativa. E o medo de levar (mais) um fora?
Foi assim, meio de repente, sem expectativas e projetos para o futuro. Fomos nos curtindo, vivendo muitas coisas boas, aproveitando os momentos juntos... Nesse começo, a bateria foi fundamental pra gente continuar junto. Afinal, nos reuníamos sempre, nos encontrávamos praticamente todos os dias, eu ralando com os últimos trabalhos da faculdade, ele com as provas para entrar no mestrado.
Quando percebemos, estávamos namorando. Conhecemos as famílias, fazíamos planos a curto prazo. E a longo, também, vai. Mas sem pressões, sem expectativas. Fomos vivenciando as oportunidades que apareciam com pé no chão. Nos conhecíamos cada dia mais. Conversávamos muuuuito (lembro que no primeiro evento que o levei com a minha família, o casamento da cucunha, minha mãe disse: "vocês falam demais! Vão dançar!"). Mas, com essas muitas conversas, posso dizer que nos conhecemos totalmente. Ninguém nos conhece melhor do que nós mesmos. As conversas continuam muitas, embora não haja mais muita coisa a descobrir. Hoje os assuntos são outros.
Pois é. Quase cinco anos e cá estamos nos preparando para nosso casamento. Quem diria! Muitos de vocês que estão lendo esse blog agora foram fundamentais para que isso acontecesse. Por isso, nosso muito obrigado por fazerem parte de um momento tão especial da nossa vida!

10 comentários:

  1. Que lindos, definitivamente: "a tampa e a panela"... acho que nada melhor para expressar essa união!

    Amo vocês!

    beijão

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  2. Mesmo para quem conhece a história de vocês, como eu filha, é emocionante ver como esse amor foi sendo descoberto e contruído!!! Como tenho dito , a única coisa que desejo é que vocês sejam MUUUUUUITO FELIZES!!!!!
    Amo vocês!
    Mamãe

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  3. Aeeeeeeeeeeeeeee!
    A história é linda, os 2 são lindos, a família é linda!!! AH! Vamos fazer uma festa linda e com a cara de vcs!!
    É só esperar!!!
    Tô super feliz em atender vcs novamente e de poder ter amigos tão massa qto vcs!!
    bjo bjo!
    Vã=)

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  4. Gente! Tudo isso já faz 5 anos! O tempo voa!
    A história de vcs é linda,Gueibs!
    E de nada pelo meu empurrãozinho! hehehe! Eu não aguentava mais a lerdeza do "Lerzio"!rs!
    Amo vc! E adoro o Lezinho! rs!
    Bjão!!!
    Xai

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  5. Ai,Ai!!!!!
    Que linda a história de vocês...Meu desejo é que vocês sejam muito felizes,porque vocês merecem toda a felicidade do mundo!!
    Amo muito vocês!
    Um beijo.
    Mamãe (...e sogrinha).

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  6. Nooossa....quase chorei...que fofos !!!!
    Ju e Gabi, amo muito vocês e peço a Deus que continue abençoando e fortalecendo cada vez mais esse amor e amizade...Bjs da tia orgulhosa e cheia de amor...Silvana.

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  7. A história de vocês realmente é linda!
    Fico feliz por estarem felizes
    O amor é lindo!!
    Desejo mais e mais felicidades, sempre..
    Um beijo da tia e madrinha
    SYLENE

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  8. Gabiroba!
    Posta novidade aí,fia!rs!
    Amo tudo!
    Bjo!

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  9. Parabéns!!!!!!
    Desejo toda felicidade do mundo a voces dois, que Deus esteja sempre iluminando a vida de voces, que possam postar muitas históias linda como essa......Mesmo não conhecendo a história de vcs, ja sabia o desenrolar desse nomoro lindo!
    Bjos !
    Ira

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  10. Lindo!!!!! Que Deus abençoe e ilumine cada passo de vcs...
    bjs
    Madrinha

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