sexta-feira, 17 de setembro de 2010

"Um dia..."

Hoje não é um dia qualquer, hoje é "o" dia. Pra muitos ele era o Dr. Prates, mas pra mim sempre foi o vovô Zé.

O Dr. Prates era um médico muito competente, conhecido nacionalmente, um homem que ajudou a construir a história da Patologia no Brasil, eterno professor, sempre disposto a ensinar, humilde, ele não se achava "tudo aquilo" que diziam (e que ele, de fato, era), buscava sempre pessoas melhores que ele pra trabalhar em seu laboratório.

O vovô Zé também era professor, não de imunohistoquímica ou qualquer coisa do tipo, mas um professor da vida. O vô "pechinchérrimo", que tocava flauta, que tinha o espirro que fazia a gente morrer de rir, que colocava música clássica nos almoços de sábado, que nos fazia rir quando pedia pra pegarmos algo na geladeira verdinha, nos ensinava as histórias das óperas que ele assistia e regia, o "vovô" perigo, o vô que cantava as músicas mais antigas nas nossas rodas de samba (e que a netaiada achava graça) , o vô que sempre me dizia (e pra todos os netos): "Bela, um dia eu vô 'mourê' e você vai lembrar que você teve um vô que te amou muito, filinha".

É, Vô, esse dia chegou e hoje o mundo ficou um pouco mais "burricido". E você pode ter certeza de que eu nunca vou me esquecer de você, do tanto que vc amava a gente.

Te amo muito.

Coisa Bela do vô dela.

2 comentários:

  1. Rimã, acho que não podia ter homenagem melhor para o momento... O vô vai deixar saudades...

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  2. Que lindo,Gabi!Seu avô era mesmo muito especial,não vou me esquecer das longas conversas que tive com ele,e que aprendi muito,entre tantas coisas,sobre música clássica.Beijos,querida!

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